3 de abril de 2020

Prateleira culinária: A América de Jamie Oliver #04

Se tem um chefe de cozinha, apresentador, empresário (de mão cheia) e escritor que sabe e gosta de lançar livros de gastronomia, esse é Jamie Oliver. Aqui na minha prateleira, tenho apenas dois dos seus mais de 15 livros já lançados (impossível encontrar um número exato). Em sua maioria, traduzidos para o português pela Editora Globo (atual Globo Livros).
Jamie é uma das tantas personalidades do mundo culinário mais conhecida. Seus livros são bem feitos e vistosos, seja na escrita e nas fotografias. Me inspira! Porém, confesso um leve incômodo em relação a quantidades de ingredientes e ingredientes, do tipo: punhados, bolotas, bolotinhas, uma boa borrifada, um vidro pequeno de molho hoisin (molho chinês agridoce e picante a base de soja fermentada), açúcar dourado, enfim. Quem vai entrar na cozinha pela primeira com seu livro, como é que faz? É poético até demais! Do outro livro tentei elaborar duas receitas. O resultado final não foi dos melhores.



Título Br: A América de Jamie Oliver
Título original: Jamie's America (2009)
Ano: 2010 (Br)
Páginas: 360
Editora: Globo (atual Globo Livros)
Preço: R$84,90 (site da editora)



Tenho preferência pelos livros de culinária que além de receitas, passem alguma mensagem a mais. E é o caso do livro A América de Jamie Oliver, que além das receitas americanas conforme cada local, nos fornece informações e histórias bem interessantes. Inclusive, durante sua leitura, me transportei as minhas aulas de Culinária das Américas na época da faculdade. Eita saudade!
O livro é dividido em 6 capítulos. São eles: Nova York, Louisiana, Arizona, Los Angeles, Georgia e Oeste Selvagem. E Jamie foi em cada lugar para desvendar a culinária e o comportamento de vida local. Neste livro, ele nos mostra que nem só de Junk Food vive os Estados Unidos. Ah, e para quem gosta de vinho, em quase todas as receitas, há sugestão!



"Não falo apenas dos holandeses, britânicos, irlandeses, alemães e italianos que se estabeleceram historicamente em Nova York. Falo dos imigrantes mais recentes, da América do Sul, África, China e Oriente Médio. Sabia que estava em busca de comida de alta qualidade e posso dizer que não me decepcionei."

Por capítulo, algumas das receitas presentes no livro

Nova York: Burgers & Sliders, salada Waldorf do meu jeito, salada com bacon caramelizado, pizza de panela, meu NYC cheesecake, cupcake veludo, kimchi rápido e potente, bolinhos sher ping, latke de batata para o desjejum, arrabbiata na vodka, dentre outras.
Louisiana: Arroz cajun down 'n' dirty, jambalaya de frango, linguiça e camarão, fritada com molho tártaro da Louisiana, gumbo de carne temperado, filé de peixe enegrecido à cajun, muffuletta, jacaré cajun com batata-doce e molho, torta de bourbon e noz-pecã, dentre outras.
Arizona: Salada cachorro doido, ensopado de veado com zimbro, pão navajo, salada de melancia, sopa rústica de tortilhas, cordeiro churro épico, ensopado de coelho e bolinhos, chicken mole, chilli verde, cobbler de pêssego, dentre outras.



Los Angeles: Flores de abobrinhas recheadas, salada La Brea, cavala escondida à redondo, sopa sete mares, coquetel de camarão ardente, atum tartar, torta mole de chocolate, shortcake de pêssego, rocky road de chocolate, granita de laranja sanguínea, dentre outras. 
Georgia: Veado com fava cremosa, codorna caramelizada com purê nabo, ensopado revigorante de peru, crab balls com molho, sopa de verão de pimentão, grits de rico, joelho de porco sobre grits verde, peixe crocante com milho, hush puppies, surf 'n' turf, dentre outras.
Oeste Selvagem: Truta com salada, almôndega da montanha, bife com worcester e cogumelo, pastelão da cornualha de caubói, arroz do oeste selvagem, chilli do Jamie, garatuja de caubói, panquecas de maçã incríveis, bolinho do Hip, arroz com mel, dentre outras.



"A cidade é como um coquetel de muitas camadas que ainda foram misturadas. Para mim, esta é uma das coisas que fazem Nova York cantarolar em meus ouvidos e mantêm a cidade vibrante, interessante, estimulante e imprevisível."

"O termo Soul Food - comida com alma - apareceu porque essas pessoas dedicavam todo o seu coração ao esforço de transformar as magras sobras em refeições gostosas, para alimentar seu corpo e sua alma. Era uma questão de sobrevivência."


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