10 de julho de 2020

Dia mundial da pizza {10 de julho} | Histórias e receitas

Em uma das versões, a história da pizza começa na Roma de César, antes da Era Cristã. Conta-se que os nobres desta época comiam o pão de Abraão, uma massa de farinha, água e sal que ia ao forno bem forte. A ele era acrescido ervas e alho. Este preparo era chamado de piscea. Laura Rowe, no O Livro dos Sabores (Publifolha, 2017), conta que pessoas de todo o Mediterrâneo já comiam pão chato com cobertura desde o período clássico. E só depois, os italianos se apropriaram da receita. Já James Winter, no livro Quem Colocou o Filé no Wellington? (Melhoramentos, 2013), conta que o surgimento da pizza se deve provavelmente aos antigos gregos que também gostavam de pães chatos cobertos com azeite, e aos romanos que adicionaram uma boa camada de queijo e mel com folhas de louro. Onde a grande magia e ascensão só foi acontecer na cidade de Nápoles.
A variação das coberturas foi se amadurecendo com o passar dos anos, até que o tomate chegou à Europa trazido possivelmente por Cristóvão Colombo ou Hernán Cortés. Daí para frente o pomodoro foi incorporado totalmente à receita.
O dia da pizza é comemorado desde 1985 em São Paulo. A data foi instituída pelo então secretário de turismo, Caio Luiz de Carvalho, por ocasião de um concurso estadual que elegeria as 10 melhores receitas de muçarela e margherita. Ele escolheu a data do encerramento como data oficial da comemoração. Contudo, a data já era comemorada desde 1889, quando o rei Humberto I e a rainha Margherita provaram pizza pela primeira vez quando fizeram uma visita real a Nápoles. A receita foi elaborada pelo pizzaiollo napolitano Raffaele Esposito no século XIX. Raffaele que pelo palácio foi encarregado de criar uma pizza em homenagem à rainha, entre as 3 apresentadas, uma elaborada com bacon, queijo e manjericão e outra com alho, azeite e tomate, a terceira, elaborada com ingredientes que remetem as cores da bandeira italiana: manjericão (verde), muçarela (branco) e tomate (vermelho) foi a favorita da rainha, dando à pizza seu nome.


Ingredientes | Massa:
7g de fermento biológico seco instantâneo
1 colher (chá) de açúcar
250ml de água morna
450g de farinha de trigo, mais um pouco para polvilhar
1 colher (chá) de sal
3 colheres (sopa) de azeite, mais um pouco para untar
2 colheres (sopa) de fubá fino

Modo de preparo | Massa: 
Misturar o fermento biológico e o açúcar com a água morna até o fermento se dissolver. Cobrir com plástico filme (filme de PVC) ou um pano de prato limpo e deixar descansar por 5 minutos até formar uma espuma na superfície. Em uma tigela grande, peneirar a farinha e o sal. Fazer uma cova no meio e juntar a água com o fermento e açúcar, e mais o azeite. Misturar tudo até formar uma massa macia e maleável. Adicionar um pouco mais de água se necessário (não precisei). Sovar a massa (mãos ou batedeira) por 5 a 10 minutos até ficar lisa e elástica. Transferi-la para uma tigela levemente untada com azeite. Cobrir bem com plástico filme (filme de PVC) ou um pano de prato. Deixá-la crescer por 30 a 45 minutos até dobrar de tamanho.

Créditos: Massa para pizza retirada do livro Culinária Americana de Caroline Bretherton e Elena Rosemond-Hoerr.


Ingredientes | Molho de tomate básico:
3 colheres (sopa) de azeite
6 tomates maduros sem pele, sementes e picadinhos
2 dentes de alho amassados
Pimenta do reino, sal e orégano a gosto. Manjericão também fica ótimo, mas acrescente-o somente no final do cozimento para não oxidá-lo.

Modo de preparo | Molho de tomate básico:
Para retirar a pele dos tomates basta fazer um X nas costas de cada um com uma faca e colocá-los em água fervente até você perceber que a pele já está se soltando. Em seguida, coloque-os em água gelada para cessar o cozimento. Depois retire a pele com as mãos. Em uma frigideira grande de fundo grosso, aquecer o azeite em fogo médio. Adicionar os tomates e os dentes de alho. Temperar e refogar até os tomates desmancharem e o líquido evaporar. Utilizei um pouco de água durante o cozimento. Se os tomates não estiverem bem maduros, experimente adicionar um pouquinho de açúcar para mascarar a acidez do tomate e 1 colher (chá) de extrato de tomate para realçar o sabor do molho (não utilizei). Esperar o molho esfriar para assim colocar sobre a pizza.


Cobertura (o sabor):
Usei o que tinha na cozinha: queijo prato, muçarela de búfala, orégano, azeitonas pretas e tomate. Use o que você quiser. Crie o seu sabor!

Finalização:
Preaquecer o forno a 240°C. Polvilhar 2 colheres (sopa) de fubá sobre duas assadeiras. Virar a massa sobre uma superfície enfarinhada e sová-la um pouco. Dividir a massa em 2 partes iguais e abrir os discos. Colocar as massas abertas nas assadeiras já preparadas com fubá. Colocar por cima o molho de tomate já frio e cobrir da sua maneira dando sabor às pizzas. Levar as pizzas para assarem até a borda e a base ficarem crocantes. Bom apetite, aproveite. E claro, feliz dia da pizza!


Referência bibliográfica e webgráfica:
Ansa. Conheça curiosidades para comemorar o dia da pizza. UOL, 2019. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/ansa/2019/07/10/conheca-curiosidades-para-comemorar-o-dia-da-pizza.htm?aff_source=56d95533a8284936a374e3a6da3d7996#:~:text=2.,uma%20pizza%20pela%20primeira%20vez.
A pizza foi criada no terceiro século antes de Cristo. Bonde, 2008. Disponível em: https://www.bonde.com.br/educacao/passado-a-limpo/a-pizza-foi-criada-no-terceiro-seculo-antes-de-cristo-89328.html
BRETHERTON, Caroline; ROSEMOND-HOERR, Elena. Culinária americana: receitas clássicas em nova abordagem. São Paulo: Publifolha, 2014.
Da ANSA. Criada na Itália, pizza tem um dia só seu em São Paulo. Folha de S. Paulo, 2014. Disponível em: https://m.folha.uol.com.br/comida/2014/07/1483984-criada-na-italia-pizza-tem-um-dia-so-seu-em-sao-paulo.shtml?mobile=&aff_source=56d95533a8284936a374e3a6da3d7996
ROWE, Laura. O livro dos sabores: tudo que você sempre quis saber sobre alimentos. São Paulo: Publifolha, 2017.
WINTER, James. Quem colocou o filé no Wellington? São Paulo: Editora Melhoramentos, 2013.

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