4 de maio de 2021

Prateleira culinária: Minhas últimas leituras


Quem Colocou o Filé no Wellington - James Winter (Melhoramentos, 2013): Neste incrível e ilustrado livro, James Winter conta a história de 50 clássicos da culinária. E logo avisa, informações sobre as origens das receitas são difíceis de se encontrar e tudo pode ser muito vago, mas usou seus melhores dados para unir os pontos. Contudo, em toda boa história, podemos encontrar muitas variações e interpretações.

Sangue, Ossos e Manteiga - Gabrielle Hamilton (Rocco, 2011): Em sua autobiografia, a chefe de cozinha proprietária do restaurante Prune (East Village, Nova York) e escritora, Gabrielle Hamilton, conta suas memórias da infância, adolescência e vida adulta, divididas de acordo com o título do livro. Como fio condutor, suas experiências e memórias culinárias. Saboreie o livro e contemple as histórias de uma mulher que tentava dar sentido a sua vida.

Açúcar - Gilberto Freyre (Global, 2007): Editado pela primeira vez em 1939, em Açúcar, o escritor Gilberto Freyre (1900-1987) nos apresenta a sociologia do doce na região Nordeste do país, onde compilou e valorizou as receitas regionais, além de contar sobre o ciclo da cana-de-açúcar e a importância do açúcar, que em tempos longínquos era uma fonte de riqueza quase igual ao ouro, que no século XVI fixou-se por aqui em uma série de doces caracteristicamente brasileiros e talvez doce demais para o gosto europeu. "[...] Mas não para o brasileiro sobretudo o do Nordeste, que nasce sentindo o cheiro e quase o gosto de açúcar no ar: o 'aroma do mel' de que fala Joaquim Nabuco."


A Parte Mais Tenra - Ruth Reichl (Objetiva, 2004): Em crônicas, a escritora Ruth Reichl nos oferece deliciosas e curiosas passagens de sua vida, da infância ao início da sua carreira de crítica gastronômica. Tendo uma mãe considerada a Rainha do Mofo, Ruth conseguiu desenvolver uma relação bem feliz com a comida. "Alice [...] foi a primeira pessoa que jamais conheci que entendia o poder da culinária. Era uma ótima cozinheira, mas cozinhava mais para si própria do que para os outros, não porque tivesse fome, mas porque os rituais da cozinha a reconfortavam."

Adeus aos Escargots - Michael Steinberger (Zahar, 2010): Em 12 capítulos, o jornalista Michael Steinberger investiga a fundo a ascensão e queda da culinária francesa. Michael faz uma viagem investigativa pela cena gastronômica do país e conversa com fazendeiros, padeiros, vinicultores e muitos chefes de cozinha, como Alain Ducasse e Paul Bocuse. Nos conta sobre o ápice da gastronomia francesa, terra de François Pierre de La Varenne, Marie-Antoine Carême, Jean Brillat-Savarin, Georges Auguste Escoffier e mais, até o que fez da França, em 2007, se tornar o segundo mercado mais lucrativo do mundo para o McDonald's.

Sangue, Ossos e Manteiga & A Parte Mais Tenra foram indicações literárias da inspiradora @lenamattar

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